Durante os últimos dois meses, os meus colegas de trabalho e eu temos feito inúmeros telefonemas de apoio ao candidato presidencial Barack Obama. Foi incrível ouvir o que desculpas as pessoas usam para racionalizar por que eles não suportam o senador de Illinois. “Ele é um muçulmano.” “Ele é um terrorista”. “Eu não confio nele”. “Ele não é um americano”. Já foi estabelecido que mais de 90% dos negros americanos apoiar Obama, por causa disso, é óbvio que estou falando de uma população determinada dos eleitores brancos que não querem admitir que eles não vão votar em favor de um homem negro. Eu pensei que tinha ouvido todas as desculpas que pude ser utilizados até ontem. Um homem disse a um co-trabalhador que ele não iria votar em favor de Obama após ter lido o que Michelle Obama escreveu em sua tese quando ela era uma estudante na Universidade Princeton. Curioso, eu buscei na internet para saber o que o cara estava falando.
Archive for October, 2008
Michelle Obama and the Moment of Blackness/Michelle Obama e o momento de negritude
October 31, 2008Black Beauty 8/Beleza Negra 8
October 29, 2008Race and Socioeconomic Inequality/Raça e desigualdade socioeconômica
October 28, 2008In America, here are the statistics of weekly income for black, white, men and women:
White Men: $788
White Women: $626
Black Men: $600
Black Women: $533
In Brazil, income is measured monthly and here are the corresponding statistics:
White Men: R$1,181
White Women: R$ 742
Black Men: R$ 583
Black Women: R$ 383
Percentage of Americans over the age of 25:
who have completed a college education: 24.4%
with a college education that are white: 84%
with a college education that are black: 4.5%
Percentage of Brazilians over the age of 25:
who have completed a college education: 6.8%
with a college education that are white: 82.8%
with a college education that are black: 14.3%
Population (2000)
America: 281,421,906 – 75.1% white, 12.3% African-American
Brazil: 169,872,856 – 53.7% white, 44.7% Afro-Brazilian
In both countries, more than 4 of every 5 persons who have a college education are white. In America the percentage is 84% and in Brazil it is almost 83%. Although these statistics show a wide disparity between blacks and whites in both countries, the difference is perhaps more apparent in Brazil because the Afro-Brazilian population in the year 2000 represented almost 45% of the Brazilian population while African-Americans represented only 12.3% of the American population. These statistics are the basis for my previous argument that a system of affirmative action must consider the effects of race rather than simply class when the discussion is access to a college education.
América
Homens Brancos: $788
Mulheres Brancas: $626
Homens Negros: $600
Mulheres Negras: $533
No Brasil, o rendimento é medido mensalmente e aqui estão as estatísticas correspondentes:
Brasil
Homens Brancos: R$1,181
Mulheres Brancas: R$ 742
Homens Negros: R$ 583
Mulheres Negras: R$ 383
Estas desigualdades também pode ser observado em termos de acesso à educação superior. A desigualdade na educação entre negros e brancos têm raízes na época da escravidão nos dois países e as disparidades são ainda evidentes.
Porcentagem dos americanos com mais de 25 anos:
com educação superior: 24,4%
com educação superior que são brancos: 84%
com educação superior que são negros: 4,5%
Porcentagem dos brasileiros com mais de 25 anos:
e educação superior: 6,8%
e educação superior que são brancos: 82,8%
e educação superior que são negros: 14,3%
População (2000)
América: 281,421,906 – 75,1% branco, 12,3% afro-americano
Brasil: 169,872,856 – 53,7% branco, 44,7% afro-brasileiro
Em ambos os países, mais do que 4 de cada 5 pessoas que tem uma educação universitária são brancos. Na América o percentual é 84% e no Brasil é quase 83%. Embora estas estatísticas revelam uma grande disparidade entre negros e brancos em os dois países, a diferença é talvez mais evidente no Brasil porque a população afro-brasileira no ano de 2000 representou quase 45% da população brasileira, enquanto afro-americanos representaram apenas 12,3% da população americana. Estas estatísticas são a base para a minha anterior argumento de que um sistema de ação afirmativa deve considerar os efeitos da raça em vez de simplesmente classe quando a discussão é o acesso a uma educação universitária.
The Question of Affirmative Action/A questão da ação afirmativa
October 27, 2008The Question of Affirmative Action
A questão da ação afirmativa
estudado a sua vida inteira para ganhar uma educação universitária e não pensava que seria justo que ele deveria perder o seu lugar na universidade para um estudante negro. Enfurecidos pela possibilidade, ele disse que ia matar um estudante negro se soube que o estudante entrou na universidade pela sistema de ação afirmativa.
In a world of white or non-white, black or mulatto is not the issue/Em um mundo de branco e não-branco, negro ou mulato não é a questão
October 23, 2008
Vicentinho, Ronaldo, Michael Beasley
Maria Sten-Knudsen, Les Nubians, Hugh Price
Freeman Hendrix, Celso Pitta, Boris Kodjoe
Black Buddafly, Benjamin Jealous, Adriano Ribeiro
Seal/Heidi Klum, Noemie Lenoir, Thierry Henry
Race in America and Brazil: Is there a legitimate difference? / Raça na América e no Brasil: Existe uma diferença legítima?
October 23, 2008Black People? People of the African Diaspora? Or both?/Gente Negra? Gente da Diáspora Africana? Ou ambos?
October 21, 20083. Nia Long, actress/atriz – Trinidad
Dreamgirls Americanas – Dreamgirls Brasileiras
October 19, 2008Jennifer Hudson, Beyoncé Knowles, Anika Noni Rose/Lucy Ramos, Ildi Silva, Preta Gil
Black yet mixed, Mixed yet black, Part 1/Negro contudo mestiço, mestiço contudo negro, Parte 1
October 17, 2008Black yet mixed, Mixed yet black
Negro contudo mestiço, mestiço contudo negro
Ildi Silva / Alicia Keys
Preta Gil / Jada Pinkett-Smith
Há uns meses atrás, tive uma interessante conversa on-line com uma mulher negra americana que escreve um blog on-line sobre as mulheres negras e relações interraciais. Sem entrar nos detalhes, ela se tornou furioso quando me referi a algumas artistas negras americanas como “mulatas”. “Como você se atrevem chamar essas mulheres ‘mulatas’! Elas estão negras direitinhas!”, ela escreveu. Isso é muito típico de uma resposta negra americana a questão da classificação racial depois séculos de racismo, a segregação e a infame “regra de uma gota”, que classifica como negro qualquer pessoa com qualquer conhecido ancestralidade africana. Por outro lado, depois de muitos anos de racismo, a exclusão e a miscigenação, muitos brasileiros vão dizer sem qualquer hesitação que uma “parda”, “mulata” ou “morena”, todos os termos que poderiam ser aplicadas às pessoas de ascendência africana, não é negra. Dois sistemas totalmente diferente de classificação racial, né?
Não necessariamente.
Na América, o único termo “black” é usado em dois sentidos. O primeiro é usado para definir todas as pessoas que são de ascendência africana, independentemente do fenótipo. A outra é uma descrição da cor semelhante à maneira que os brasileiros utilizam o termo “preto”; uma pessoa negra de pele muita escura. Ou seja, a diferença entre os atores Wesley Snipes e Denzel Washington é essa: os dois são BLACK no sentido racial, mas Snipes também seriam classificados como BLACK em cor da pele. Para os afro-americanos, a diferença é, assim, em entonação; negro e PRETO.
Nos dois países, a beleza também defina como uma pessoa de ascendência africana é percebida. No Brasil, alguém de visível ascendência africana, que é considerada fisicamente atraente pode ser classificada como “mulato” ou “moreno”. No Brasil, termos como “mulato” ou “moreno” são as vezes usados como termos intermediários entre negro e branco, enquanto que nos EUA, “mista”, ou “raça mista”, só é utilizado quando uma pessoa é a prole de uma primeira geração relacionamento interracial. Ou seja, no sistema dos EUA, pessoas como as artistas Beyonce ou Jada Pinkett Smith são consideradas negras, enquanto Halle Berry e Alicia Keys são considerados “raça mista”. A diferença aqui é que Berry e Keys ambos têm uma mãe branca, enquanto ambos os pais de Beyonce e Pinkett-Smith são considerados negros. Ao lado brasileiro, Taís Araújo, Preta Gil, Camila Pitanga e Ildi Silva são todas as mulheres de diferentes graus de mestiçagem, mas todos se consideram as mulheres negras.
Nas últimas poucas décadas, os sistemas de classificação racial nos dois países parecem andar em direções opostas. Enquanto no Brasil, mais pessoas de ascendência mista passaram se definir como negros, nos EUA, pessoas de raça mista lutaram pelo direito de se definir como tal, e para marcar mais do que uma caixa na formas do censo Americano.
Então, qual é o melhor sistema?
Eu diria os dois e nenhum, porque os dois sistemas são simplesmente o contraditório outra face de uma categoria que foi errôneo do começo!