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The discriminatory priviledge of Latin-ness, Part 2 – O privilégio discriminatória de latinidade, Parte 2

May 28, 2009

The discriminatory priviledge of Latin-ness, Part 2

Brazilian model Flavia de Oliveira
Modelo brasileira Flávia de Oliveira
Another reason I felt the need to write this article was because of a report I read a few months ago about the lack of diversity in the 2009 New York Fashion Week. In the article, the writer included a table that showed the percentages of white and non-white models in the NYFS. Although I wasn’t surprised by the small number of non-white models featured in the NYFS, the definition of one model as a Latino was the inspiration for the title of this two-part article. As I explained in part one, a Latino can have several phenotypes: indigenous, black, white, mestiço, or Asian phenotypes can all be found in Latin America. But this is where the term Latino can be somewhat of a misnomer.

In the article, Brazilian model Flavia de Oliveira is listed as a Latina. Although de Oliveira is Brazilian and thus Latina by definition, she is clearly a white woman. So although culturally she can be defined as a Latino and thus be eligible for any kind of affirmative action or quotas adopted to combat the type of discrimination that Latinos are sometimes subjected in the United States, in a world dominated by the European aesthetic, her whiteness may open doors that would probably be closed for Latinos of African or indigenous appearance. This is true in America, Latin America as a whole and Brazil specifically.

Hosts of Latino news programs and general Latino media in the United States as well as those in Latin American countries are dominated by Latinos that have the appearance of Europeans. Of course, as all persons born south of Texas are considered Latinos according to the American perspective, people who live in Latin American countries don’t define themselves as Latinos. Like Americans, they define themselves according to their nationality. But in those Latin American countries, as in the United States, there is a social/racial hierarchy that maintains privileges for persons who appear to be of primarily European ancestry and/or appearance while relegating those of African or indigenous appearance to the bottom of the hierarchy. As Afro-Brazilian sociologist Guerreiro Ramos wrote in the 1950s, in Brazil, to be white is the aesthetic ideal. 50 years later, differences in quality of life statistics in Brazil validate Ramos’ assertion.

The privilege of whiteness, or at least lightness of skin, can easily be seen in Latina magazine, a magazine targeted at the Latino population in the United States. Latinos of visible African ancestry are an extreme minority in the magazine’s pages and are rarely featured on the cover of the magazine. In Brazil, persons of visible African ancestry are nearly invisible in the areas of government, media, businesses, university student bodies and faculty and fashion runways. This is true even though Afro-Brazilians are now officially the majority of the Brazilian population. Studies show that darker skinned Latinos living in the United States experience more discrimination than Latinos with lighter skin.

So although Brazilian television personalities and models like Xuxa, Angelica, Gisele and Flavia are Latinas, in terms of global white privilege, they are no different from Anglo-Americans like Christy Turlington, Cindy Crawford, Diane Sawyer or Elisabeth Hasselbeck.

Xuxa Meneghel, Gisele Bunchen

Angelica Ksyvickis, Flavia de Oliveira

Cindy Crawford, Christy Turlington

Diane Sawyer, Elisabeth Hasselbeck

O privilégio discriminatória de latinidade, Parte 2
Mais uma razão que eu senti a necessidade de escrever este artigo foi por causa de um artigo que li há uns meses atrás sobre a falta de diversidade no Semana de moda de Nova Iorque de 2009. No artigo, o autor incluiu uma tabela que exibiu os percentuais de modelos brancos e não-brancos do NYFS. Embora eu não fiquei surpreso com o pequeno número de modelos não-brancos apresentados no NYFS, a definição de um certo modelo como latino foi a inspiração para o título deste artigo de duas partes. Como já explicado em parte 1, um latino pode ter vários fenótipos: o fenótipo indígenas, negro, branco, mestiço ou asiático todos podem ser encontrados em todos os países da América Latina. Mas esta é onde a expressão latina pode ser algo de um termo impróprio.
No artigo, modelo brasileira Flávia de Oliveira foi listado como latina. Embora de Oliveira é brasileira e, portanto, latina por definição, claramente ela é uma mulher branca. Assim, embora culturalmente ela pode ser definida como uma latina e portanto ser elegível para qualquer tipo de ação afirmativa ou quotas adotadas para combater o tipo de discriminação que latinos são ás vezes submetidas nos Estados Unidos, num mundo dominado pelo estético europeu, sua brancura pode abrir portas que provavelmente seria encerrado para latinos de aparência africana ou indígena. Isto é verdade na América, a América Latina como um todo e no Brasil especificamente.
Apresentadores latinos de programas de notícias e mídia latino em geral nos Estados Unidos, bem como os países da América Latina, são dominadas pelos latinos que têm as aparências de europeus. Claro, como todas as pessoas nascidas a sul do Texas são considerados latinos, segundo a perspective americana, as pessoas que vivem em países latino-americanos não definem-se como latinos. Como americanos, elas definem-se segundo suas nacionalidades. Mas nesses países da América Latina, como nos Estados Unidos, existe uma social/racial hierarquia que mantém privilégios para as pessoas que aparecem ser principalmente de ascendência europeia e/ou aparência enquanto relegando os da aparência indígena ou africana à parte inferior da hierarquia . Como escreveu o sociólogo afro-brasileira Guerreiro Ramos na década de 1950, no Brasil, “ser o branco é a estética ideal”. 50 anos depois, as estatísticas de diferenças na qualidade de vida no Brasil valida a afirmação de Ramos.
O privilégio de brancura, ou, pelo menos claridade de pele, pode ser facilmente visto na revista Latina, uma revista orientada à população latina nos Estados Unidos. Latinos de ascendência africana visível são uma extrema minoria nas páginas da revista e raramente são apresentados na capa da revista. No Brasil, gente de ascendência africana visível são quase invisível nas universidades, professors nas universidades, áreas de governo, mídia, empresas, e nas passarelas de moda. Isto é verdade ainda que os afro-brasileiros são agora oficialmente a maioria da população brasileira. Estudos mostram que os latinos de pele mais escura que vivem nos Estados Unidos vivem mais discriminação do que os latinos de pele clara.
Assim, embora modelos e personalidades de televisão brasileira como Xuxa, Angélica, Gisele e Flávia são latinas, nos termos globais de privilégio branco, eles não são diferentes do anglo-americanas como Christy Turlington, Cindy Crawford, Diane Sawyer ou Elisabeth Hasselbeck.