Archive for the ‘Black Models’ Category

A black woman is Germany’s Next Top Model – Uma mulher negra é Germany’s Next Top Model!

May 25, 2009

A black woman is Germany’s Next Top Model

In another example that highlights the exclusionary and racist policies in the Brazilian fashion industry, a black woman was chosen as the winner of Germany’s Next Top Model. The beautiful black woman, Sara Nuru, a German of Ethiopian descent won the contest. In December of 2008, another black woman, Chloe Mortaud, was crowned Ms. France. Isn’t it ironic that European countries that have overwhelmingly white populations can recognize the beauty of African descendents, but a country like Brazil needs to adopt quotas on the runways so that black women have representation in a country with a black majority?

Although this may sound strange, the reason is quite simple. In European countries and in the United States, white people have always been the majority and the accepted standard of beauty too has always been white without any serious challenge. These types of countries have always been confident in their whiteness and thus the occasional non-white woman that wins a beauty contest, is a top model or is featured on the cover of a popular magazine, is sometimes hailed as an example of a diversity that doesn’t exist while posing no real threat to the white standard. In Brazil, on the other hand, elites have always dreamed of erasing a people whose African roots were too prominent in physical appearance. Brazil will never be accepted as a white country, thus, to create an illusion and to “improve” the image of Brazil to the rest of the world, the overwhelming majority of people presented in the Brazilian media look as if they are from Italy, Portugal or Germany. Brazil has always seen itself as a “racial democracy”; America believes itself to be the land of “equal opportunity”. But the possibility in the belief in this ideology is always more likely if one is the right color.

Uma mulher negra é Germany’s Next Top Model!

Em um outro exemplo que evidencia as políticas racistas e excludentes na indústria moda brasileira, uma mulher negra foi escolhida como o vencedor da Alemanha’s Next Top Model. A bela negra Sara Nuru, uma Alemã de descendência etíope ganhou o concurso. Em dezembro de 2008, uma outra negra, Chloé Mortaud, foi coroado Ms. França. Não é irônico que os países europeus que têm populações que são esmagadoramente brancas pode reconhecer a beleza das afro-descendentes, mas um país como o Brasil precisa de adotar cotas nas passarelas para que as negras ter representação em um país com uma maioria negra?

Embora isto possa parecer estranho, a razão é bem simples. Em países europeus e nos Estados Unidos, pessoas brancas sempre foram a maioria e a padrão aceitado de beleza tem sido sempre branca sem qualquer desafio sério. Estes tipos de países têm sido sempre confiantes em sua brancura e, portanto, o eventual mulher não-branca que ganha uma concurso de beleza, é uma “top model” ou é apresentado na capa de uma revista popular, as vezes é aclamado como um exemplo de uma diversidade que não existe, enquanto não constituir uma ameaça real para o padrão branca. No Brasil, por outro lado, elites sempre sonhou de apagar um povo cujas raízes africanas foram proeminente demais na aparência física. O Brasil nunca será aceitado como um país branca, assim, para criar uma ilusão e para “melhorar” a imagem do Brasil para o resto do mundo, a esmagadora maioria das pessoas apresentadas na mídia brasileira parece como se eles são da Itália, Portugal ou Alemanha. O Brasil tem sempre considerou-se uma “democracia racial”; América considerou-se ser a terra da “igualdade de oportunidades”. Mas a possibilidade da crença neste ideologia é sempre mais provável se se é a cor certa.

The master/slave mentality in the fashion industry – A mentalidade senhor/escravo na indústria da moda

May 7, 2009

At left: Brazilian model Jennifer Castro
À esquerda: modelo brasileira Jennifer Castro

At right: American model Dani Evans

Ao direito: Modelo americano Dani Evans
The lack of black models on international runways continues to attract attention and protest. According to a recent study, Afro-Brazilian models at the 2009 São Paulo Fashion Show represented only 2.3% of the models on the runway, clearly below the representation of Afro-Brazilians in the Brazilian population. These numbers are even worse than the representation of black models in the New York Fashion Show of 2009 where they were 7.4% (African-Americans represent 13%of the American population). As it predicted last year, Afro-Brazilians officially became the majority of the Brazilian population this year, representing 49.7% of the population. But white Brazilians continue to dominate the power structure in Brazil, a situation that many of Brazil’s black elite continue to talk about.
One of the main problems in Brazil, as in America, many whites continue to believe that blacks should remain in menial social positions and are often shocked or in disagreement when there are people of color in positions outside of the places that society has reserved for them. For example, recently, Brazilian stylist Gloria Coelho was the center of controversy when she made this comments about the possibility of quotas being implemented to increase the number of Afro-Brazilian models at the Sao Paulo Fashion Show:

Glória Coelho
“In Fashion Week we already have black seamstresses, many of them with hands of gold, making beautiful things, there are black assistants and sellers, why do they have to be on the runway?”

These comments reminded me of a section of the famous Malcolm X autobiography and movie. As the only black child at an elementary school, young Malcolm of dreamed of being a lawyer but his white teacher convinced Malcolm that being a black lawyer was not a possibility for a black man. Instead, the teacher suggested that Malcolm become a carpenter, a job that the teacher obviously felt was more appropriate for a black man. Comments like those made by Coelho are typical of the sentiments of millions of Brazilians who believe Afro-Brazilians belong at the bottom of the social hierarchy. Apparently, for Coelho and the fashion industry, black women still belong in the kitchen, or at least, behind the scenes and out of visibility.
Racism in the fashion industry minimizes the presence of black models on runways in not only São Paulo, but also New York, London, Paris and Milan. Of the more than 100 fashion shows hosted by these cities, more than one third didn’t feature a single black model. Supermodel Naomi Campbell recently commented on the exclusion of black models in the fashion industry. Speaking to the German edition of Glamour magazine, Campbell said this:
“You know, the American president may be black, but as a black woman I am still an exception in this business. I always have to work harder to be treated equally. In the past, there were more opportunities for black models but the trend towards blond women has again become extreme. In magazines, on the catwalk, I see blond, blue-eyed models everywhere.”
So, as the global representation of whiteness as the standard of beauty has obviously not changed, I think the media should erase any serious conversation about the existence of a “post-racial” society.
British model Naomi Campbell
modelo britânica Naomi Campbell
A falta de modelos negros nas pistas internacionais continua a atrair atenção e protesto. De acordo com um estudo recente, modelos afro-brasileiros na São Paulo Fashion Show 2009 representaram apenas 2,3% dos modelos na pista, claramente abaixo da representação dos afro-brasileiros na população brasileira. Esses números são ainda mais pior do que a representação dos negros modelos no New York Fashion Show de 2009 onde foram 7,4% (afro-americanos representam 13% da população americana).Como preveu, no ano passado, afro-brasileiros oficialmente tornou-se a maioria da população brasileira este ano, representando 49,7% da população. Mas brancos brasileiros continuam a dominar a estrutura do poder no Brasil, uma situação que muitos dos elites negros do Brasil continuar a falar.
Um dos principais problemas no Brasil, como na América, muitos brancos continuam a acreditar que negros deve permanecer nos posições sociais baixos e muitas vezes são chocados ou em desacordo quando há pessoas de cor nas posições fora dos lugares que a sociedade tem reservado para eles. Por exemplo, recentemente, estilista brasileira Gloria Coelho era o centro da controvérsia quando ela fez este comentário sobre a possibilidade de quotas ser implementadas para aumentar o número de modelos afro-brasileiros no São Paulo Fashion Show:
“Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?”
Estes comentários me lembrei de uma secção do filme e autobiografia famosa de Malcolm X. Sendo o único negro em uma escola infantil, o jovem Malcolm sonhou em ser um advogado, mas o seu professor branco convencido Malcolm que ser um advogado negro não era uma possibilidade para um homem negro. Em vez disso, o professor sugeriu que Malcolm se tornou um carpinteiro, um emprego que o professor obviamente sentiu foi mais adequado para um homem negro. Comentários como aqueles feitos por Coelho são típicas dos sentimentos de milhões de brasileiros que acreditam que afro-brasileiros pertencem no fundo da hierarquia social. Aparentemente, para Coelho e a indústria da moda, as mulheres negras ainda pertencem na cozinha, ou, pelo menos, nos bastidores e fora de visibilidade.
O racismo na indústria da moda minimiza a presença de modelos negras nas pistas, não só em São Paulo, mas também em Nova Iorque, Londres, Milão e Paris. Dos mais de 100 shows de moda hospedada por estas cidades, mais do que um terceiro não apresentou um único modelo negro. Supermodelo Naomi Campbell comentou recentemente sobre a exclusão dos modelos negras na indústria da moda. Ao falar à edição alemã da revista Glamour, Campbell disse:
“Sabe, o Presidente americano pode ser negro, mas eu, como negra, sou ainda uma excepção nesta indústria. Sempre tive de trabalhar mais para ser tratada ao mesmo nível. No passado, os modelos negros tinham mais chances, mas a tendência de mulheres louras voltou com força. Nas revistas, nas passarelas, eu só vejo louras com olhos azuis.”
Então, como a representação global de brancura como padrão de beleza obviamente não tenha mudou, acho que a mídia deve apagar qualquer conversa séria sobre a existência de uma sociedade “pós-racial”.

Black Beauty/Beleza Negra 7

October 15, 2008

Jill Marie Jones / Cris Vianna

Jill Marie Jones, actress/atriz, born in 1975/nasceu em 1975
Cris Vianna, actress/atriz, born in 1978/nasceu em 1978

Jill is an actress best known for her role on the television series “Girlfriends”. She was also a cheerleader for the Dallas Cowboys football team. Cris is an actress, singer and model who has appeared in television programs like “Duas Caras”, “Sinhá Moça” and “América”.

Jill é uma atriz mais conhecida por seu papel na programa de televisão, “Girlfriends”. Ela também era uma claque pelo Dallas Cowboys time de futebol americano. Cris é uma atriz, cantora e modelo que tem aparecido em programas de televisão “Duas Caras”, “Sinhá Moça” e “América”.




First black Miss America/Primeira Miss America negra – First black Miss Brasil/Primeira Miss Brasil negra

October 2, 2008

Deise Nunes de Souza, Miss Brasil 1986
Vanessa Williams, Miss America 1984
Brazil has a reputation for having some of the most beautiful women in the world. And because of five centuries of the descendents of Africans, Europeans and Indians continuously mixing, Brazil is believed to have one of the most diverse array of phenotypes in the world. The problem is that Brazil rarely shows this diversity in its media. For example, Brazil has
promoted the Miss Brasil contest for 54 years, since 1954. But in those 54 years, only one black woman has ever been crowned Miss Brasil, Deise Nunes de Souza, who won the crown in 1986. Even the United States, which is considered to be one of the most racist countries in the world, has crowned seven black women Miss America. The first was Vanessa Williams who won the crown in 1984. Why are the two countries in opposite positions in terms of diversity of beauty? In general, Brazil is believed to be a country without racism and the United States is believed to be very racist. In reality, both countries have excluded and discriminated against its citizens of African descent. The difference is that the image of the average American citizen is white; the image of the Brazilian is a non-white person. Elites of Brazil have always wanted the image of the country to be white. Thus, because the image of America is already white, the United States can permit more visibility of its citizens of color without altering its white image in the imagination of the world. In order for Brazil to be seen as a white or whiter country, it must hide the true color of its population.

O Brasil tem uma reputação de ter algumas das mais belas mulheres do mundo. E por causa de cinco séculos de mistura dos descendentes de africanos, europeus e índios, muitas pessoas acreditam que o Brasil ter um dos mais diversos espectros de fenótipos em todo o mundo. O problema é que o Brasil raramente mostra esta diversidade em suas mídias. Por exemplo, o Brasil tem promovido o concurso Miss Brasil há 54 anos, desde 1954. Mas, nesses 54 anos, apenas uma mulher negra foi coroada Miss Brasil, Deise Nunes de Souza, que ganhou a coroa em 1986. Mesmo os Estados Unidos, que é considerado um dos mais racistas países no mundo, nomeado sete mulheres negras como Miss America. A primeira foi a Vanessa Williams, que ganhou a coroa em 1984. Porque os dois países são em posições opostas em termos de diversidade de beleza? Em geral, o Brasil acredita-se ser um país sem racismo e muitas pessoas pensam que os Estados Unidos é muita racista. Na realidade, os dois países excluem e discriminam contra seus cidadãos de ascendência africana. A diferença é que a imagem do cidadão americano médio é branca; a imagem do brasileiro é uma pessoa não branca. Elites do Brasil sempre queria a imagem do país a ser branca. Assim, porque a imagem da América já está branca, os Estados Unidos podem permitir maior visibilidade dos seus cidadãos de cor sem alterar a sua imagem na imaginação do mundo. Para que o Brasil possa ser visto como um país branco ou mais branco, ele deve esconder a verdadeira cor da sua população.

Ethnic diversity (or lack of) / Diversidade étnica (ou falta de) – America’s Next Top Model – Brazil’s Next Top Model

September 30, 2008

"All-Black" issue of Italian Vogue magazine/"Edição Negra" da revista Vogue italiana

September 12, 2008

I don’t usually watch the Tyra Banks show, but yesterday I learned that she would feature models from Italian Vogue magazine’s highly anticipated “all-black” July 2008 issue featuring black models. According to Banks, this issue was the highest-selling issue in the history of Vogue’s Italian edition. After reading that the magazine planned to release an issue featuring “all-black” models, I bought a copy to see what all of the hype was about. The key word here is hype. For me, the reason why Vogue Italian chose to devote an issue to black models was the more important issue. As I have written previously, as in other genres, there is a serious underrepresentation of models of African descent. And, the same way other industries handle such issues, Italian Vogue attempted to address the issue without adequately addressing the issue. I remember several years ago the television program “Beverly Hills 90210” was also accused of lacking diversity, or, being “too white”. How did they handle the accusation? They produced one episode in which a black family, featuring an unknown actress named Vivica Fox, moved into the neighborhood. Apparently thinking they had adequately addressed the accusation, “90210” remained almost 100% white for the remainder of its time on the air.

Many businesses handle this accusation in similar methods. When accusations of racism or racial exclusion appear, they quickly hire a person of color so that it appears that they are doing their part to ensure diversity. Of course, such actions never solve the problem. If the new employee has any sense, he or she will realize why he or she got the job, while real diversity is still not achieved and the overwhelming whiteness of the environment remains intact. With this in mind, why would I expect an “all-black” issue of Vogue magazine to magically change the rules of the game in the nearly “all-white” fashion world? In reality, I didn’t. Italian Vogue, just like any other magazine or business, will simply follow the script. In fact, the “all-black” edition wasn’t as black as the magazine had promoted it to be. While there was a section of the magazine that featured models of African descent like Naomi Campbell, Tyra Banks, Liya Kebede, Sessilee Lopez and Jourdan Dunn, in an example that the magazine would continue business as usual, the first 100 pages of the magazine featured women of the standard color in the fashion industry. The common explanation for the lack of diversity on runways in São Paulo, New York and Paris is that magazines and fashion designers are reluctant to employ them because “black girls don’t sell.” So what does that say about our worldwide society in the 21st century? While we point the finger at the magazines and designers, they point the finger at society.

The timing of this issue is particularly important considering the possibility that the most powerful country in the world may elect the first black president in its history. This is exactly the issue at hand. A question that could be equally applied to the Obama situation in regards to American politics would be, do people really believe that one magazine that is partially devoted to black models will suddenly erase their historic rarity and exclusion in the fashion industry? In the same way that there are those who would never vote for the “black guy”, there are those who have an aversion to “dark meat”. The models used for advertisements in this “all-black” issue featured white models almost exclusively which seems to support the idea that designers choose not to use black models to sell their product. Therefore, in reality, dedicating a small section of the magazine to black models for a single issue serves to perpetuate their image as the exotic “other” in the same manner that the media always portrays persons of African ancestry. This will become obvious when Vogue magazine, American, Brazilian, Italian or French, continue the standard of whiteness in their upcoming issues.

Normalmente eu não assisto o programma de Tyra Banks, mas ontem eu ouvi falar que ela iria apresentar os modelos da altamente antecipado “Edição Negra” da revista Vogue italiana de julho 2008 que apresentou modelos negros. Segundo Banks, esta edição foi a mais vendou edição do Vogue italiana na história da revista. Depois de ler que a revista pretendeu lançar um “Edição Negra”, eu comprei uma exemplar para ver o que o “hype” (entusiasmo) foi sobre. A palavra-chave aqui é “hype”. Para mim, a razão pela qual Vogue italiano optou dedicar uma edição a modelos negros foi a questão mais importante. Como já escrevi anteriormente, como em outros gêneros, existe um sério sub-representação de modelos de ascendência africana. E, da mesma maneira que outras indústrias manipular essas questões, Vogue italiano tentou resolver a questão de uma forma adequada, sem abordar a questão. Lembro-me de há alguns anos o programa de televisão “Beverly Hills 90210” também foi acusado de uma falta de diversidade, ou, sendo “branca demais”. Como é que eles tratam de acusação? Eles produziram um episódio no qual uma família negra, com uma atriz desconhecido chamou Vivica Fox, mudou para o bairro. Aparentemente pensar que tinham tratada adequadamente a acusação, “90210” permaneceu quase 100% branco para o resto de seu tempo no ar.
Muitas empresas lidam com essa acusação em métodos semelhantes. Quando acusações de racismo ou de exclusão racial aparecem, eles rapidamente contratar uma pessoa de cor de um modo que parece que eles estão fazendo sua parte para assegurar a diversidade. Evidentemente, essas ações nunca resolver o problema. Se o novo empregado tem qualquer sentido, ele ou ela vai perceber a razão que ele ou ela realmente obteve o trabalho, enquanto a diversidade real ainda não é atingiu e a esmagadora brancura do ambiente permanece intacto. Com isto em mente, por que é que eu ia esperar um “Edição Negra” da revista Vogue a magicamente mudar as regras do jogo no quase “toda-branca” mundo da moda? Na realidade, eu não. Vogue italiano, como qualquer outra revista ou negócio, simplesmente irá seguir o roteiro. Na verdade, a “Edição Negra” não foi tão negra como a revista tinha promovido ela ser. Embora houvesse uma seção da revista que apresentou modelos de ascendência africana como Naomi Campbell, Tyra Banks, Liya Kebede, Sessilee Lopez e Jourdan Dunn, um exemplo em que a revista iria continuar negócios como de costume, as primeiras 100 páginas da revista apresentado mulheres na cor padrão (branca) na indústria da moda. A explicação comum para a falta de diversidade nas passarelas em São Paulo, Nova Iorque e Paris é que as revistas e estilistas estão relutantes em empregar as modelos negros porque “garotas negras não vendem.” Então o que é que isso dizer sobre a nossa sociedade mundial no Século 21? Ao mesmo tempo em que nós apontamos o dedo ás revistas e estilistas, eles apontam o dedo á sociedade.

O timing desta questão é particularmente importante quando nós consideraramos a possibilidade que o país mais poderoso do mundo poderá eleger o primeiro presidente negro da sua história. É precisamente esta a questão em apreço. Uma questão que poderia ser igualmente aplicada à situação Obama no que se refere à política americana: as pessoas realmente acreditam que uma revista que é parcialmente dedicada aos negros modelos de repente vai apagar a raridade histórica e exclusão do modelos negros na indústria da moda? Da mesma forma que existem aqueles que nunca iria votar a favor do “rapaz negro”, existem aqueles que têm uma aversão a “carne negra”. Os modelos usados para propagandas neste edição “toda negra” apresentou modelos brancos quase exclusivamente e apoiar a ideia de que as estilistas optar por não utilizar modelos negros para vender seus produtos. Por isso, na realidade, ao dedicar uma secção pequena da revista a modelos negros para um único edição serve para perpetuar as suas imagems como o “outra” exótica, no mesmo maneira que a mídia sempre retrata pessoas de ascendência africana. Isso irá tornar-se evidente quando a revista Vogue, americano, brasileiro, italiano ou francês, continuam a norma de brancura nas suas próximas edições.

Ex-model Katoucha Niane found dead/Ex-modelo Katoucha Niane é encontrada morta

March 17, 2008

Ex-model Katoucha Niane found dead in Seine River in Paris
Ex-modelo Katoucha Niane é encontrada morta no Rio Sena em Paris

Katoucha Niane

30 December 1960 in/em Conakry, Guinea – 2 February 2008 in/em Paris, France

Body of supermodel Katoucha found in river

Autopsy shows no foul play, model may have fallen into Seine, police say

PARIS – The body of Katoucha Niane, one of the first African women to attain international stardom as a model and a vocal opponent of female genital mutilation, was found in the Seine River, police said Friday.
Known simply as Katoucha, the former top model for Yves Saint Laurent and other top designers was found Thursday near the Garigliano bridge in Paris, judicial police in Paris said.
An autopsy showed no signs of foul play, pointing to the possibility that the 47-year-old may have fallen accidentally into the river, they said.

See the complete story here.

Necropsia revela que a ex-modelo Katoucha morreu afogada

PARIS, 29 Fev 2008 (AFP) – A ex-modelo e musa da alta-costura Katoucha Niane, desaparecida no início do fevereiro e que teve o corpo encontrado na quinta-feira no rio Sena em Paris, morreu afogada e não apresentava marcas de violência, segundo os resultados da necropsia.

O exame concluiu que a modelo morreu “por submersão rápida e sem sinais de violência”. Durante a investigação, foram realizados novos exames complementares de rotina.

A necropsia determinou formalmente que o corpo encontrado na quinta-feira, no Sena, corresponde ao de Katoucha Niane, ex-modelo de origem guineana de 47 anos.

Os investigadores privilegiam a tese de acidente para explicar a morte.

Veja o artigo completo

Blackout on the runway/Apagão na passarela

February 25, 2008
Allow me to say, I have never been a fan of Sean “P Diddy” Combs. Truthfully, I always wondered what it was that was so fascinating about the guy. Not much of a rapper. He doesn’t seem to care that people know he doesn’t write his own songs. I’ve seen plenty of better dancers. So what is it about Mr. Puffy? I mean Diddy….whatever. I find it fascinating how Hip Hop has evolved over the past 25 years. In the days of KRS-ONE, Chuck D. and Rakim, P. Diddy would have been laughed off the stage. Or perhaps thrown, for those of us that remember when KRS actually threw Prince B of Hip Pop duo PM Dawn from the stage after the hefty rapper had apparently dissed him. This is not the platform in which to debate Mr. Combs’ talents as an entertainer but rather to applaud a bit of activism Mr. Combs displayed last week.

Black models have always been a bit scarce in the fashion world, but with the triumphs of models such as Naomi Campbell, Tyra Banks and Iman over the past few decades, it appeared that models of color had quitely carved out their own little space in a lilly white fashion industry. But judging from last week’s complete “black out” in New York’s annual Fashion Week, it seems that black models are as scarce as Britney Spears’ panty collection. Campbell herself has been quite vocal in her outrage against the fashion industry’s recent Apartheid-like selection of runway models. After last week’s apparent “whites only” runway progression, superstar model Tyson Beckford wondered “What happened to all the black people on the runway?”

Similarly, just a month ago at Brazil’s Fashion Rio showcase, black model Alexandre Cerqueira asked, “Where are the blacks on Fashion Rio’s runways?” He answered his own question by stating something Brazil’s black models already knew: they are excluded. Although Afro-Brazilians are approximately half of Brazil’s 190 million citizens, one would think they were in Germany or Denmark judging from the models featured in Brazil’s biggest yearly fashion event. Reminiscent of the “sit-ins” of the Indian independence movement and American Civil Rights Movement, Cerqueira and 24 other black models, arms crossed, staged a protest in front of one of the fashion show’s tents.

“They put on 30 white models to parade on the runway, but only one black on the catwalk. Why can’t blacks dress in winter clothes in a winter campaign?”, asked model Katito. “We only want to work.” While Brazil has always claimed itself a “racial democracy”, its most popular model is Gisele Bündchen, who is of German descent. The majority of Brazil’s most popular models don’t stray far from the Bündchen phenotype. In São Paulo’s Fashion Week of
2001, 20 black models protested the “apagão (black out)” of black
models in Brazil’s other big fashion show.

In New York, Combs made a statement by featuring all black models at his annual Sean John Fall Fashion Show. The idea here is, if someone doesn’t invite you to their party, throw your own. It still amazes me when people like Adrianne Curry of “America’s Next Top Model” have the audacity to see a black TV channel or Black History Month as racist when history textbooks, TV programs and fashion runways continue to privilege white skin. Many white Brazilians see Brazil’s only magazine dedicated to it’s black population as racist even though one rarely sees black faces on the covers of Brazil’s top-selling magazines.

While I’m still not a “P. Diddy” fan, in this case, I applaud him for stepping up to the plate when the establishment would rather keep him on the bench.
Permita-me que lhe diga, nunca fui um fã de Sean “P Diddy” Combs. Na verdade, sempre me perguntei o que é que é tão fascinante sobre o cara. Não é um bom rapper. Ele não parece se importar que as pessoas saibam que ele não escreve suas próprias canções. Já vi muitos dancarinos melhores. Então, qual é a do Sr. Puffy? Quero dizer Diddy…. tanto faz. Acho fascinante como Hip Hop evoluiu ao longo dos últimos 25 anos. Nos dias de KRS-ONE, Chuck D. e Rakim, P. Diddy teria sido expulso do palco a base de gargalhadas. Ou talvez atirado, para aqueles de nós que lembram quando KRS realmente lançou Prince B do Hip Pop duo PM Dawn do palco após o pesado rapper ter aparentemente desrespeitado ele. Esta não é a plataforma para discutir os talentos de entretenimento do Sr. Combs, mas sim para aplaudir um pouco de ativismo Sr. Combs exibiu na semana passada.

Modelos negros sempre foram um pouco escassos no mundo da moda, mas com os triunfos de modelos como Naomi Campbell, Tyra Banks e Iman nas últimas décadas, parecia-se que modelos de cor tinham quietamente esculpido seu próprios lugarzinho em uma indústria da moda branca como os lirios. Mas, a julgar pelo completa falta de modelos negros na New York Fashion Week semana passada, parece que os modelos negros são tao escassos quanto a coleção de calcinhas de Britney Spears. A própria Campbell tem sido bastante vocal na sua indignação contra a recente seleção “Apartheidiana” de modelos de passarela pela indústria da moda. Após a apresentacao aparentemente “só para brancos” da semana passada, o modelo superstar Tyson Beckford perguntou “O que aconteceu com todos os negros na passarela?”
Da mesma forma, há um mês atras no Brasil, o Rio Fashion Week, o modelo negro Alexandre Cerqueira perguntou: “Onde estão os negros nas passarelas do Fashion Rio?”. Ele respondeu a sua própria pergunta afirmando algo que os modelos negros do Brasil já sabiam: são excluídos. Embora os afro-brasileiros sejam cerca da metade dos 190 milhões de cidadãos do Brasil, poderia-se pensar que estavam na Alemanha ou Dinamarca a julgar pelos modelos apresentados em um dos maiores eventos de moda no Brasil. Relembrando os protestos silenciosos do movimento da independência Indiana e do movimento dos direitos civis americanos, Cerqueira e 24 outros modelos negros, de braços cruzados, encenaram um protesto em frente a uma das tendas do evento de moda.
“Colocam 30 modelos brancos para desfilar num desfile, mas há apenas um negro por passarela.” Por que negro não pode vestir uma roupa de frio, na campanha de inverno?”, perguntou o modelo Katito. “Nós só queremos trabalhar”. Enquanto o Brasil sempre alegou ser uma “democracia racial”, a sua modelo mais famosa é Gisele Bündchen, que é de descendência alemã. A maioria dos modelos mais famosos do Brasil, não ficam muito longe do fenótipo de Bündchen. Em São Paulo Fashion Week de 2001, 20 modelos negros protestaram o “apagão”, de modelos negros no outro grande show de moda do Brasil.
Em Nova York, Combs fez uma declaração apresentando todos os modelos negros em seu Sean John Fall Fashion Show. A idéia aqui é, se alguém não o convida para uma festa, faça a sua própria. Me impressiona quando pessoas como Adrianne Curry de “America’s Next Top Model” têm a audácia de considerar um canal de TV ou o Mês da História Negra racista, enquanto os livros didáticos de história, os programas de TV e as passarelas da moda continuam a privilegiar a pele branca. Muitos brasileiros brancos veem a unica revista do Brasil dedicada à população negra como racista, embora raramente se veja um negro n capa das revistas mais vendidas do Brasil.
Embora eu ainda não seja um fa de “P. Diddy”, neste caso, eu o aplaudo tomar a iniciativa enquanto o sistema preferia tê-lo mantido no banco de reservas.