Archive for the ‘Racismo na America’ Category

Whiteness as the Absense of Race/Brancura como a ausência da raça

March 3, 2008


In terms of race, in the past decade, it seems that the US and Brazil are moving in opposite directions. In the either/or, black/white racial ideology of the US, multiracial activists have argued for a multiracial identity and classification for people of mixed race. In multiracial Brazil, the Movimento Negro (Black Movement) has encouraged the acceptance of a black identity for millions of persons of color who have historically identified themselves as mulattos, morenos and pardos. In reality, there are several problems with both ideologies.

First, in both ideologies, the assumption is the existence of the idea of race. Whether one advocates a black or multiracial classification, they are both based on the fallacy of race. In reference to Brazil, the Movimento Negro has had difficulty in convincing the 40% of the country that define themselves as pardos to accept a black identity. In the US, the multiracial movement must ignore the fact that more than 80% of African-Americans are already racially mixed in order to advocate a separate category for those people who are supposedly first-generation mixtures of couples that are considered interracial.

In reality, the situation is not as complicated as it appears. Why? Consider this point. Let us consider that there are three people of mixed race who physically cannot pass for white and all three look exactly alike. Let’s assume the first person’s DNA mixture is 25% African, 75% European. The second is 50% African, 50% European and the third is 75% African, 25% European. If they all look alike, who is black and who is multiracial? In racist societies such as Brazil and America, it doesn’t matter because whiteness is the standard by which all three individuals will be judged.

The media is a good example of this standard. According to Carol Tator:

“Woven into the dominant culture, and the culture of most media organizations, is the belief in ‘the rightness of whiteness’ the universal norm which allows one to think, imagine and speak as if whiteness described the world. This assumption is still deeply embedded in the way in which the media represents people of colour…Their limited participation is seen as the result of both overt bias, structural barriers and cultural racism, which is woven into the collective system of beliefs, values and norms of the dominant culture.”

While Tator was describing the Canadian media, her words can easily be applied to the US and Brazil, in both of which the European aesthetic is the dominant standard. In the business world, government, television and magazines, people of color are largely invisible. This invisibility is perhaps even more striking in Brazil, a country that has proclaimed itself a racial democracy for many years and is home to the largest population of African descendants outside of Africa.

The bottom line is this: in a Eurocentric world, people don’t experience racial discrimination because of their European ancestry but because of their visible non-European ancestry. Whether in Brazil or the US, a person looking like golf superstar Tiger Woods can call himself multiracial is he so chooses. Although Woods may have African, Asian, American Indian and European ancestry, it is his non-European ancestry which makes him susceptible to racial exclusion.

One need only look at the top women’s magazines in each country to see how racial exclusion works. On US newsstands from January of 2006 to December of 2007, Cosmopolitan magazine featured only four women of color on the cover, one light-skinned black woman (singer Beyonce) and three light-skinned Latinas (actresses Eva Longoria and Jessica Alba and singer Christina Aguilera). The situation is far worse on Brazilian newsstands. Nova magazine featured no women of color on its covers in the last 29 issues, Boa Forma featured none over the past 59 issues and the Brazilian version of Elle magazine featured none over the past 37 issues. In other words, whether light, medium or dark-skinned, Brazilian women’s magazines rarely feature women of visible African ancestry on its magazine covers.

Thus, in the end, whether one is thought to be of predominant African ancestry or partial African ancestry, the result remains the same.

Em termos de raça na última década, parece que os EUA e o Brasil são se andando em direções opostas. Na ideologia racial e/ou, preto/branco nos EUA, ativistas multirraciais têm defendido uma identidade e classificação multirracial para as pessoas de raça mista. No Brasil multirracial, o Movimento Negro tem encorajado a aceitação de uma identidade negra para milhões de pessoas de cor que têm historicamente se identificado como mulatos, morenos e pardos. Na realidade, existem vários problemas com as duas ideologias.

Em primeiro lugar, em ambas as ideologias, o pressuposto é a existência da idéia de raça. Tanto quem defende uma classificação negro ou multirracial, estão baseados na falácia de raça. Em referência ao Brasil, o Movimento Negro tem tido dificuldade em convencer os 40% do país que definem-se como pardos a aceitar uma identidade negra. Nos EUA, o movimento multirracial ignora o fato de que mais de 80% dos afro-americanos já são racialmente mistos, para de defender uma categoria separada para as pessoas que são supostamente misturas de primeira geração de casais que são considerados interraciais.

Na realidade, a situação não é tão complicado como parece. Por quê? Considere este ponto. Vamos considerar que existem três pessoas de raça mista, que fisicamente não podem passar por brancas e as três parecem exatamente iguais. Vamos assumir que a mistura ancestral da primeira pessoa é 25% africana e 75% europeia. A segunda é 50% africana, 50% europeia, e a terceira é de 75% africana e de 25% europeia. Se todas elas parecem iguais, quem é negro e quem é multirracial? Em sociedades racistas, como o Brasil e os EUA, não importa, porque brancura é o padrão pela qual todos os três indivíduos serão julgados.

A mídia é um bom exemplo deste padrão. Segundo Carol Tator:

“Tecida na cultura dominante, e na cultura da maioria das organizações da midia, é a crença no ‘direito da brancura’ a norma universal que permite-se pensar, imaginar e falar como se brancura descrevesse o mundo. Esta suposição ainda está profundamente enraizado na maneira como a mídia representa as pessoas de cor… A sua participação limitada é vista como o resultado dos preconceitos dissimulados, obstáculos estruturais e racismo cultural, que é tecida no sistema coletivo de crenças, valores e normas da cultura dominante.”

Apesar de Tator ter descrevido a media canadense, as palavras podem ser facilmente aplicadas aos EUA e ao Brasil, em ambas as quais a estética europeia é o padrão dominante. No mundo dos negócios, governo, televisão e revistas, as pessoas de cor são invisíveis. Esta invisibilidade é talvez ainda mais evidente no Brasil, um país que tem se auto proclamado uma democracia racial há muitos anos e é o país com a maior população de descendentes africanos fora da África.

No final é a seguinte: em um mundo eurocentrista, as pessoas não experimentam discriminação racial devido à sua ascendência europeia, mas devido à sua visível ascendência não-europeia. Quer seja no Brasil ou os EUA, uma pessoa que parece com campeão de golfe Tiger Woods pode chamar-se multirracial se assim escolher. Embora Woods tenha ascendência africana, asiática, india e europeia, é sua ancestralidade não-europeia que o faz suscetível a exclusão racial.

Basta olhar para as mais popular revistas femininas em cada país para ver como funciona a exclusão racial. Nas bancas americanas de janeiro de 2006 a dezembro de 2007, a revista Cosmopolitan apresentou apenas quatro mulheres de cor nas capas, uma negra de pele clara (cantora Beyonce) e três latinas de pele clara (atrizes Eva Longoria e Jessica Alba e cantora Christina Aguilera). A situação é ainda pior nas bancas do Brasil. A revista Nova não apresentou nenhuma mulher de cor em suas capas nas últimas 29 edições, Boa Forma nao apresentou nenhuma nas últimas 59 edições e a versão brasileira da revista Elle apresentou nenhuma nas últimas 37 edições. Em outras palavras, seja pele clara, morena ou escura, revistas femininas brasileiras raramente apresentam mulheres de visível ascendência africana nas capas das suas revistas.

Assim, no final, seja algeum de predominante ascendência africana ou parcial ascendência africana, o resultado é o mesmo.

Blackout on the runway/Apagão na passarela

February 25, 2008
Allow me to say, I have never been a fan of Sean “P Diddy” Combs. Truthfully, I always wondered what it was that was so fascinating about the guy. Not much of a rapper. He doesn’t seem to care that people know he doesn’t write his own songs. I’ve seen plenty of better dancers. So what is it about Mr. Puffy? I mean Diddy….whatever. I find it fascinating how Hip Hop has evolved over the past 25 years. In the days of KRS-ONE, Chuck D. and Rakim, P. Diddy would have been laughed off the stage. Or perhaps thrown, for those of us that remember when KRS actually threw Prince B of Hip Pop duo PM Dawn from the stage after the hefty rapper had apparently dissed him. This is not the platform in which to debate Mr. Combs’ talents as an entertainer but rather to applaud a bit of activism Mr. Combs displayed last week.

Black models have always been a bit scarce in the fashion world, but with the triumphs of models such as Naomi Campbell, Tyra Banks and Iman over the past few decades, it appeared that models of color had quitely carved out their own little space in a lilly white fashion industry. But judging from last week’s complete “black out” in New York’s annual Fashion Week, it seems that black models are as scarce as Britney Spears’ panty collection. Campbell herself has been quite vocal in her outrage against the fashion industry’s recent Apartheid-like selection of runway models. After last week’s apparent “whites only” runway progression, superstar model Tyson Beckford wondered “What happened to all the black people on the runway?”

Similarly, just a month ago at Brazil’s Fashion Rio showcase, black model Alexandre Cerqueira asked, “Where are the blacks on Fashion Rio’s runways?” He answered his own question by stating something Brazil’s black models already knew: they are excluded. Although Afro-Brazilians are approximately half of Brazil’s 190 million citizens, one would think they were in Germany or Denmark judging from the models featured in Brazil’s biggest yearly fashion event. Reminiscent of the “sit-ins” of the Indian independence movement and American Civil Rights Movement, Cerqueira and 24 other black models, arms crossed, staged a protest in front of one of the fashion show’s tents.

“They put on 30 white models to parade on the runway, but only one black on the catwalk. Why can’t blacks dress in winter clothes in a winter campaign?”, asked model Katito. “We only want to work.” While Brazil has always claimed itself a “racial democracy”, its most popular model is Gisele Bündchen, who is of German descent. The majority of Brazil’s most popular models don’t stray far from the Bündchen phenotype. In São Paulo’s Fashion Week of
2001, 20 black models protested the “apagão (black out)” of black
models in Brazil’s other big fashion show.

In New York, Combs made a statement by featuring all black models at his annual Sean John Fall Fashion Show. The idea here is, if someone doesn’t invite you to their party, throw your own. It still amazes me when people like Adrianne Curry of “America’s Next Top Model” have the audacity to see a black TV channel or Black History Month as racist when history textbooks, TV programs and fashion runways continue to privilege white skin. Many white Brazilians see Brazil’s only magazine dedicated to it’s black population as racist even though one rarely sees black faces on the covers of Brazil’s top-selling magazines.

While I’m still not a “P. Diddy” fan, in this case, I applaud him for stepping up to the plate when the establishment would rather keep him on the bench.
Permita-me que lhe diga, nunca fui um fã de Sean “P Diddy” Combs. Na verdade, sempre me perguntei o que é que é tão fascinante sobre o cara. Não é um bom rapper. Ele não parece se importar que as pessoas saibam que ele não escreve suas próprias canções. Já vi muitos dancarinos melhores. Então, qual é a do Sr. Puffy? Quero dizer Diddy…. tanto faz. Acho fascinante como Hip Hop evoluiu ao longo dos últimos 25 anos. Nos dias de KRS-ONE, Chuck D. e Rakim, P. Diddy teria sido expulso do palco a base de gargalhadas. Ou talvez atirado, para aqueles de nós que lembram quando KRS realmente lançou Prince B do Hip Pop duo PM Dawn do palco após o pesado rapper ter aparentemente desrespeitado ele. Esta não é a plataforma para discutir os talentos de entretenimento do Sr. Combs, mas sim para aplaudir um pouco de ativismo Sr. Combs exibiu na semana passada.

Modelos negros sempre foram um pouco escassos no mundo da moda, mas com os triunfos de modelos como Naomi Campbell, Tyra Banks e Iman nas últimas décadas, parecia-se que modelos de cor tinham quietamente esculpido seu próprios lugarzinho em uma indústria da moda branca como os lirios. Mas, a julgar pelo completa falta de modelos negros na New York Fashion Week semana passada, parece que os modelos negros são tao escassos quanto a coleção de calcinhas de Britney Spears. A própria Campbell tem sido bastante vocal na sua indignação contra a recente seleção “Apartheidiana” de modelos de passarela pela indústria da moda. Após a apresentacao aparentemente “só para brancos” da semana passada, o modelo superstar Tyson Beckford perguntou “O que aconteceu com todos os negros na passarela?”
Da mesma forma, há um mês atras no Brasil, o Rio Fashion Week, o modelo negro Alexandre Cerqueira perguntou: “Onde estão os negros nas passarelas do Fashion Rio?”. Ele respondeu a sua própria pergunta afirmando algo que os modelos negros do Brasil já sabiam: são excluídos. Embora os afro-brasileiros sejam cerca da metade dos 190 milhões de cidadãos do Brasil, poderia-se pensar que estavam na Alemanha ou Dinamarca a julgar pelos modelos apresentados em um dos maiores eventos de moda no Brasil. Relembrando os protestos silenciosos do movimento da independência Indiana e do movimento dos direitos civis americanos, Cerqueira e 24 outros modelos negros, de braços cruzados, encenaram um protesto em frente a uma das tendas do evento de moda.
“Colocam 30 modelos brancos para desfilar num desfile, mas há apenas um negro por passarela.” Por que negro não pode vestir uma roupa de frio, na campanha de inverno?”, perguntou o modelo Katito. “Nós só queremos trabalhar”. Enquanto o Brasil sempre alegou ser uma “democracia racial”, a sua modelo mais famosa é Gisele Bündchen, que é de descendência alemã. A maioria dos modelos mais famosos do Brasil, não ficam muito longe do fenótipo de Bündchen. Em São Paulo Fashion Week de 2001, 20 modelos negros protestaram o “apagão”, de modelos negros no outro grande show de moda do Brasil.
Em Nova York, Combs fez uma declaração apresentando todos os modelos negros em seu Sean John Fall Fashion Show. A idéia aqui é, se alguém não o convida para uma festa, faça a sua própria. Me impressiona quando pessoas como Adrianne Curry de “America’s Next Top Model” têm a audácia de considerar um canal de TV ou o Mês da História Negra racista, enquanto os livros didáticos de história, os programas de TV e as passarelas da moda continuam a privilegiar a pele branca. Muitos brasileiros brancos veem a unica revista do Brasil dedicada à população negra como racista, embora raramente se veja um negro n capa das revistas mais vendidas do Brasil.
Embora eu ainda não seja um fa de “P. Diddy”, neste caso, eu o aplaudo tomar a iniciativa enquanto o sistema preferia tê-lo mantido no banco de reservas.

Racial Democracy/Democracia racial – Equal Opportunity/Igualdade de Oportunidade

February 21, 2008

Racial Democracy/Democracia racial – Equal Opportunity/Igualdade de Oportunidade

For many years it has been believed that in the Federative Republic of Brazil there exists a “Racial Democracy”. There are several reasons that people believe this:
1) With the level of miscegenation (race mixing) in Brazil, it is impossible to know who is black and who is white.
2) Legalized segregation as practiced in Apartheid era South Africa and Jim Crow era United States never existed in Brazil.
3) Blacks and whites live together harmoniously in Brazil.
4) In Brazil, there is only one culture whereas in the US, there is “black culture” and “white culture”.
In truth, citizens of many nations believe in the myths that act as the glue that keeps societies together. Americans believe in a “color-blind” society in which there is “equal opportunity”. Brazilians, on the other hand, believe in a “racial democracy” based upon the “Fable of the Three Races (A Fábula das Três Raças)”; the Indian, the Portuguese and the African, the foundation of the Brazilian people.
It has been well documented that in the United States, there exist the infamous “one drop rule” in which any person of any known African ancestry is considered black. African-Americans are familiar with several historical figures who could have “passed” for white if they so chose. Prominent examples include Walter White, an executive secretary of the NAACP (National Association for the Advancement of Colored People), politician Adam Clayton Powell, Jr. In Brazil, because of a comparatively higher rate of miscegenation, such a rule would label nearly the entire population as black. According to some estimates, at least 86% of all Brazilians carry at least 10% African DNA. Because of this deep history of miscegenation and its production of hundreds of different phenotypes, in the 1980 census, Brazilians used 136 different terms to describe their “race”, or better yet, color.
Many Americans who have studied the question of race in Brazil have concluded that there actually exists more than one hundred races in Brazil. The reason for this fallacious assumption is a racial ideology predicated on the “one drop” rule. In the US, a person can be classified as black even if they have blond hair and blue eyes if it is known that they have African ancestry. The truth is, in the 1980 census, Brazilians were allowed to use any term they thought best described their skin color. Color, not race. The key here is, in that census, Brazilians used terms such as “cor-de-canela (color of cinnamon)”, “moreno (brown, dark or brunette)”, and “café-com-leite (coffee with milk)” in the same ways that African-Americans use terms such as “caramel”, “mocha”, or “high yellow”. They were merely descriptions of skin tone. In more recent census studies, Brazilians chose from only five colors: “branco (white)”, “preto (black)”, “pardo (brown or mixed race)”, “amarelo (yellow or Asian)” and “indio (Indian)”.
———————————————————————————
Durante muitos anos, acreditou-se que existe no República Federativa do Brasil uma “democracia racial”. São várias as razões pelas quais as pessoas acreditam nisto:
1) Com o nível de miscigenação (mistura racial) no Brasil, é impossível saber quem é negro e quem é branco.
2) Segregação legalizada como na era praticado na África do Sul na era do apartheid e nos Estados Unidos na era Jim Crow nunca existiu no Brasil.
3) Negros e brancos vivem juntos harmoniosamente no Brasil.
4) No Brasil, há apenas uma cultura, em que nos E.U., existe uma “cultura negra” e uma “branca cultura”.
Na verdade, os cidadãos de muitos paises acreditam em mitos que funcionam como a cola que mantém sociedades unidas. Os americanos acreditam numa sociedade “cega para a cor” em que há “igualdade de oportunidades”. Brasileiros, por outro lado, acreditam em uma “democracia racial” que tem por base a “Fábula das Três Raças”, o índio, o Português e o Africano, a fundação do povo brasileiro.
É bem documentada a existencia da “regra da uma gota” nos Estados Unidos, em que qualquer pessoa que tenha mesmo que apenas um de seus ancestrais remotos com descendencia africana é considerado negro, independente da aparencia. Afro-americanos conhecem várias figuras históricas que poderiam ter “passado” por branco, se assim tivesse escolhido. Exemplos de figuras proeminentes incluem Walter White, um secretário executivo da NAACP (Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de cor), o político Adam Clayton Powell Junior. No Brasil, por causa de um nivel de miscigenação comparativamente maior, tal regra rotularia quase toda a população como negra. De acordo com algumas estimativas, pelo menos 86% de todos os brasileiros carregam pelo menos 10% de DNA africano. Devido a esta profunda história de miscigenação e da produção de centenas de diferentes fenótipos, no censo de 1980, brasileiros usaram 136 diferentes termos para descrever a sua “raça”, ou melhor ainda, a cor.
Muitos americanos que estudaram a questão da raça no Brasil concluíram que existe efetivamente mais de uma centena de raças no Brasil. A razão para esse pressuposto é a ideologia racial por base na “regra de uma gota”. Nos Estados Unidos, uma pessoa pode ser classificada como negra se tiver nem que seja um ancestral remoto de descendencia africana. A verdade é que, no Censo de 1980, foi permitido aos brasileiros utilizar qualquer termo que eles achassem melhor para descrever sua cor de pele. Cor, não raça. A chave aqui é, naquele recenseamento, os brasileiros usaram termos como “cor-de-canela”, “moreno”, e “café-com-leite”, da mesma forma que afro-americanos utilizam termos como “caramelo”,”mocha”, ou “amarelo”. Eram apenas descrições tom de pele. No censos mais recentes, os brasileiros escolhem a partir de apenas cinco categorias: branco, preto, pardo, amarelo (asiáticos) e indio.