The hidden danger of blatantly racist acts
Rusty DePass, Michelle Obama
In the past week, there have been a series of events that continue to prove the racial problem that exists in the United States. The election of Barack Obama has led many to believe that we are now living in a “post-racial” society. People who believe this to be true have apparently ignored all of the blatant displays of racial animosity, hatred and insensitivity. Last week, a man with connections to Neo-Nazi groups killed an African-American man in a museum dedicated to the Jewish Holocaust. Since then, we have seen Republican party activist Rusty DePass refer to a gorilla as one of First Lady Michelle Obama’s ancestors. We have also seen a racist e-mail sent by Sherri Goforth, a legislative aid for Republican senator Diane Black. The photo in the e-mail presented photos of all of the 44 American presidents. The photo in the 44th place that represented Obama was simply a picture of two eyes with a black background.
Throughout the presidential campaign and now during the Obama presidency, racist or derogatory jokes and depictions of the Obamas have been widespread. These jokes tell us a lot about the perceptions, true or false, that people seem to have. One, it is obvious that many people remain uncomfortable with seeing a black family in the White House. Two, for people who continue to question why Barack Obama should be considered black rather than biracial, these sentiments prove a point that I continue to make: it is the African ancestry of Barack Obama that is at the root of such racist comments and jokes. Regardless of his European ancestry, racist jokes and comments prove that Americans see Obama as a black man. And three, the existence of a small number of assumed white supremacists gives people the perception that white supremacy is no longer a serious problem.
The third point is perhaps the most important in countries that see themselves as lands of “equal opportunity” or “racial democracies”. Nowadays, openly racist white supremacists groups are an extreme minority in the United States. This does not mean that racism isn’t still a powerful force in society. When white supremacists share their racist beliefs or commit racially motivated hate crimes, it allows people who do not openly share racist views to hide and convince themselves that they are not racists. White supremacy is simply a belief that persons of primarily European ancestry and/or appearance are better than non-European people. By this definition, there are millions of people who are white supremacists although they may never admit it. The racist opinions of these types of people are only exposed at certain moments or with people in their social circle.
At this point, Republican activist Rusty DePass hasn’t been connected to any white supremacy groups, but after comparing Michelle Obama to a gorilla, his sentiments are obvious. In 1992, Afro-Brazilian politician Benedita da Silva ran for mayor of the city of Rio de Janeiro. Opponents made monkey gestures and said that she would plant a banana tree in the mayor’s mansion (Palácio). In 2002, da Silva became governor of the state of Rio de Janeiro after Anthony Garotinho decided to run for the presidency. When da Silva completed his term and Garotinho’s wife became governor, he said that he would disinfect the Guanabara Palace (state government headquarters of Rio) before his wife moved in. A common insult against Afro-Brazilians are the words “negro fedorento”, or “stinking black”. Garotinho also has no acknowledged connection with any of Brazil’s white supremacist or death squad groups.
Anthony Garotinho, Benedita da Silva
The point is, a person doesn’t have to belong to a racist group and openly declare white supremacy in order to be a white supremacist. In America of today, as has been the case in Brazil for many years, very few want to be considered a racist or a white supremacist. But in their minds, white people are the most beautiful and intelligent people on the planet. Their racist sentiments may occasionally appear publicly, but often times, don’t appear at all, at least publicly. In this sense, racists and white supremacy are somewhat like the air: it exists, and we are surrounded by it, but sometimes we don’t notice until the wind blows.
O perigo oculto de atos racistas e flagrantes
Na semana passada, houve uma série de acontecimentos que continuam a revelar o problema racial que existe nos Estados Unidos. A eleição de Barack Obama levou muitos a crer que estamos agora a viver em um “pós-racial” da sociedade. Pessoas que acreditam isso seja verdade parece ter ignorado todos das demonstrações flagrantes de animosidade, ódio e insensibilidade racial. Na semana passada, um homem com ligações a grupos neo-nazis matou um homem afro-americano em um museu dedicado ao Holocausto Judeu. Desde então, temos visto ativista do Partido Republicano Rusty DePass referir a uma gorila como uma antepassado da Primeira Dama Michelle Obama. Vimos também um e-mail racista enviado por Sherri Goforth, assisstente legislativo do senadora republicana Diane Black. A fotografia no e-mail apresentada fotos de todos dos 44 presidentes americanos. A fotografia no 44o lugar, que representou Obama foi simplesmente uma imagem de dois olhos com um fundo preto.
Durante toda a campanha presidencial e agora durante a presidência Obama, piadas e representações racistas ou depreciativos dos Obamas tem sido disseminado. Estas piadas nos dizer muito sobre a percepção, verdadeira ou falsa, que gente parece ter. Um, é óbvio que muitas pessoas continuam ser desconfortáveis com ver uma família negra na Casa Branca. Dois, para as pessoas que continuam a questionar por que Barack Obama deve ser considerada negra em vez de biracial, estes sentimentos provar um ponto que eu vou continuar a fazer: é a ascendência africana de Barack Obama que está na raiz de tais comentários e piadas racistas. Independentemente da sua ascendência europeia, piadas e comentários racistas provar que os americanos vêem Obama como um homem negro. E três, a existência de um pequeno número de supremacistas brancas assumidas dá à gente a percepção de que a supremacia branca já não é um problema grave.
O terceiro ponto é talvez o mais importante nos países que vêem-se como terras de “igual oportunidade” ou “democracias raciais”. Hoje em dia, grupos abertamente racistas de supremacistas brancas são uma minoria extremo nos Estados Unidos. Isto não quer dizer que o racismo não é ainda uma força poderosa na sociedade. Quando supremacistas brancas compartilham suas crenças racistas ou cometer crimes de ódio racial, permite pessoas que não abertamente compartilham pensamentos racistas a esconder e convencer-se que eles não são racistas. Supremacia branca é simplesmente uma crença em que as pessoas de ascendência e/ou aparência principalmente europeu são melhores que não-europeus. Por esta definição, existem milhões de pessoas que são supremacistas brancas embora eles nunca podem admitir isso. As opiniões racistas desses tipos de pessoas estão expostas apenas em certos momentos, ou com as pessoas nos seus círculos sociais.
Neste ponto, ativista republicana DePass Rusty não tem sido ligada a quaisquer grupos de supremacia branca, mas depois de comparar Michelle Obama com um gorila, seus sentimentos são óbvios. Em 1992, política afro-brasileira Benedita da Silva correu à prefeitura da cidade de Rio de Janeiro. Adversários faziam gestos de macaco e disse que ela ia plantar bananeira no Palácio Guanabara. Em 2002, Silva se tornou governadora do estado do Rio de Janeiro quando Anthony Garotinho decidiu de correr para a Presidência. Quando da Silva completou o mandato e a esposa de Garotinho tornou governadora, Garotinho disse que ia “desinfetar” o Palácio Guanabara antes de sua esposa se mudou. Um insulto comum contra os afro-brasileiros são as palavras “negro fedorento”. Garotinho também não tem nenhuma ligação reconheceu com quaisquer grupos de supremacista branca ou esquadrão de morte.
O ponto é que, uma pessoa não tem que pertencer a um grupo racista e declarar supremacia branca abertamente para ser uma supremacista branca. Na América de hoje, como tem sido o caso no Brasil durante muitos anos, muito pouco quer ser considerado um racista ou supremacista branca. Mas, em suas mentes, pessoas brancas são as pessoas mais bonitas e inteligentes do planeta. Seus sentimentos racistas podem ocasionalmente aparecem publicamente, mas muitas vezes, nem aparecem, pelo menos publicamente. Neste sentido, racistas e supremacistas brancas são um tanto como o ar: ele existe e estamos rodeados por ele, mas às vezes nós não notamos até o vento venta.