Archive for the ‘pardo’ Category

Black? Who me? No I’m brown! – Negro? Eu? Não, eu sou pardo!

September 27, 2008

Photos/Fotos: Barack Obama, Alexandre of/de São Paulo, Brazil, Brazilian actress Chica Xavier, Michael Jordan

This is exactly what I am talking about! There has been much discussion of the “mixed race” ancestry of Barack Obama. Is he black? Is he “mixed”? There are blacks and whites who insist that he is actually “mixed race” because his mother was white. My argument continues to be that if race doesn’t exist, then “mixed race” also doesn’t exist. “Race” continues to be based on the advantages of whiteness at the exclusion of non-whites. This is true in America as well as in Brazil. In other words, one is either white or non-white. Obama, regardless of his so-called “mixed race” ancestry, continues to be defined as possibly the first black president of the United States. In Brazil, any person who is not the color of coal can be defined as “brown”.
I recently found a blog written by a guy in São Paulo, Brazil by the name of Alexandre. He wrote his opinion about the brown category in the Brazilian census. Here is a short excerpt:

“Brown?! What the heck race is that?! On my birth certificate (and of a mountain of other people), is this definition for race. Can you believe that?! For the institutes of the Brazilian government, mixture is brown. Being a mixture of white with black, Indian with white doesn’t matter, it’s another “little brown” that was born. Even the mixture is generalized! Imagine how many “brown” people there are in this country. Look at that pardo, over there, that moreno, that little mulatto*. Great, isn’t it? It’s nothing. They are definitions of whites for people that they judge not to have an identity, because in this case, there is no unity, pride of being who they in fact are: Black!”

Look at Alexandre’s photo. 43% of Brazilians are defined as brown on the official census. 7% are defined as black. When I traveled to Brazil for the first time, I met a woman whose skin color was equal to that of basketball legend Michael Jordan. The girl told me that on her birth certificate she too is listed as parda. Brazilian actress Chica Xavier has stated that when she started working, she was also listed as parda on her worker identification card.


Anthropologist Livio Sansone also found that very few people living in the northeastern state of Bahia are listed as black on their birth certificate, even people with very dark skin. Some Brazilian intellectuals argue that black civil rights activists artificially inflate the size of the black population by combining the black and brown populations into one Afro-Brazilian category. But if we consider that many Brazilians who define themselves as white even when they are actually “mixed race”, we can begin to understand why the Brazilian census is not completely accurate in regards to the question of race. Some optimists believe that racism in the United States will descrease as miscegenation increases. That is not necessarily true. Miscegenation has been occurring in Brazil for five centuries but anyone who has visited the country will notice that the color of the image and bodies of poverty are overwhelmingly black and brown. Strange. If I didn’t know any better, I would think we were talking about the United States.
* – Pardo, moreno and mulatto are all terms that can describe brown-skinned people.


Esta é exatamente o que estou falando! Tem havido muita discussão sobre a “raça mista” ascendência de Barack Obama. Ele é negro? Ele é mestiço? Há negros e brancos que insista que ele realmente é mestiço porque sua mãe era branca. O meu argumento continua ser que se a raça não existe, então “raça mista” também não existe. “Raça” continua a ser baseado nas vantagens de brancura com a exclusão dos não-brancos. Isto é verdade na América, assim como no Brasil. Em outras palavras, ou você é branco, ou é não-branco. Obama, independentemente da sua chamada ancestralidade “raça mista”, continua a ser definido como possivelmente o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. No Brasil, qualquer pessoa que não é a cor de carvão pode ser definido como “pardo”.

Recentemente encontrei um blog escrito por um rapaz em São Paulo, Brasil pelo nome de Alexandre. Escreveu a sua opinião sobre a categoria parda no censo brasileiro. Aqui está uma breve trecho:

“Pardo?! Que raio de raça é essa?! Na minha certidão de nascimento (e de mais um montão de gente), tá lá essa definição pra raça. É mole?! Para os institutos do governo brasileiro, misturou é pardo. Seja mistura de branco com negro, de índio com branco, não importa, é mais um “pardinho” que nasceu. Até a mestiçagem é generalizada! Imagina quanta gente “parda” tem nesse país. Olha lá o pardo, o moreno, o mulatinho. Legal né. É nada, são definições de branco pra gente que julgam sem identidade, pois nesse caso, não há unidade, orgulho de ser quem é de fato. Negro!”
Olhe o foto de Alexandre. 43% dos brasileiros são definidas como pardos no censo oficial. 7% se define como pretos. Quando eu viajei ao Brasil pela primeira vez, conheci uma mulher cuja cor da pele foi igual à da lenda de basquete, Michael Jordan. A garota me disse que em sua certidão de nascimento ela também é listado como parda. Atriz brasileira Chica Xavier afirmou quando ela começou a trabalhar, ela também foi listado como parda no seu cartão de identificação.
Antropólogo Livio Sansone descobriu que muitas poucas pessoas que vivem no estado nordestino da Bahia estão listados como preto em sua certidão de nascimento, mesmo as pessoas com pele muito escura. Alguns intelectuais brasileiros argumentam que ativistas negros dos direitos civis inflacionar artificialmente o tamanho da população negra, através a combinação das populações pretas e pardas em uma categoria afro-brasileira. Mas se considerarmos que muitos brasileiros definem-se como brancos, mesmo quando eles são realmente “mestiços”, podemos começar a entender porque o censo brasileiro não está completamente correcta em relação à questão da raça. Alguns otimistas acreditam que o racismo nos Estados Unidos diminuirá à medida que aumenta miscigenação. Isso não é necessariamente verdade. Miscigenação tem ocorrido no Brasil há cinco séculos, mas qualquer pessoa que tenha visitado o país vai notar que as cores da imagem e dos corpos da pobreza são esmagadoramente preto e pardo. Estranho. Se eu não sabia, eu ia pensar que estávamos falando sobre os Estados Unidos.